Sunday, November 26, 2006

Mais uma vez, o saco cheio apareceu

Sim, sim...mais um domingo, mais um dia de merda e mais uma porrada de encheção de saco.
Como se não bastassem todos os problemas que eu já tenho, hoje eu acordo com a famosa frase:
"Precisamos ter uma conversa".
Minha namorada (ou ex) resolveu me acordar com essa frase que, para uma pessoa com as preocupações normais de todo ser vivo, já é uma encheção.
Não posso culpa-la de não entender picas do que se passa comigo, já que ela não sabe da missa nem um quinto, mas é uma coisa a mais para contribuir para o aumento de volume de minha bolsa escrotal.
Sinceramente, acho que o Marcos Pontes viu o meu saco la no espaço e deu uma furada nele pra sair o ar...infelizmente ele voou para mais longe, como uma bexiga qdo expele o ar repentinamente.
Fora isso, tomei um belissimo cano de uma amiga minha que ia almoçar comigo hj...paciência.
Já que to na merda, vou nadar de peito.
Eu to ficando impressionado com essa fase que eu to passando...tem um ditado que diz que "Quando o azar penetra, pau no cu e etc".
Pra completar minha boa sorte so falta mesmo eu tomar no cu.

Thursday, November 09, 2006

O Super-homem

E Deus fez a perfeição;
Nascido sob o signo de Aries, o Super-homem veio a Terra para provar que tudo sabia.
Os desejos do Super-homem eram os mais perfeitos. As suas idealizações eram irretocaveis.
Nada existia sem que o Super-homem conhecesse ou soubesse o destino.
O Super-Homem era simplesmente perfeito.
Foi então que o Super-homem teve que abrir mão de um de seus planos...a vida, a essa maldita vilã, colocou na sua frente obstaculos que o fizeram mudar o rumo.
A primeira decepção foi ver que aquilo que ele queria, que seria o perfeito e imaculado plano, já não servia mais, pois o Super-homem agora não estava mais sozinho. Agora não era mais só o destino dele que estava em jogo, mas sim o destino de sua prole, de sua herança para o mundo...e sendo ela herança do Super-homem, que legado mais perfeito poderia existir?

Acabariam então os voos solo.
A cada vez que subia, o Super-homem agora levava mais peso, e foi então que a vida, mais uma vez agindo contra os designios desse que tudo achava saber, faz com que o peso aumente.
Conformado com mais essa mudança de horizontes, o Super-homem seguiu em frente talhando e moldando a sua prole à sua imagem e semelhança: Nada menos do que a perfeição.

A vida dele ainda não estava perfeita. A dualidade se anula e sendo assim é preciso o 3 para contra-balancear, dar o voto de minerva.
Pela primeira vez o Super-homem achou que tinha ludibriado a vida e passou assim a fazer troça de sua inimiga.
Agora seu caminho já estava traçado. Seu plano de vôo preenchido. Nada poderia falhar pois o Super-Homem agora era imortal.
Seu corpo material poderia se extinguir, mas o seu legado não. Sua prole perfeita supriria o mundo com toda a sapiencia e perfeição que este mundo que ele já conhecia com a palma das mãos pudesse precisar.

Quando ele achou que tudo estava resolvido e que a vida ja lhe era submissa, essa desferiu mais um golpe arriscado:
A sua prole não era a sua imagem e semelhança.
A cada passo que a pretenção do Super-homem dava, a vida tratava de dar aos seus filhos uma cota a mais de verdade, aquela que abriria ainda mais os olhos do Super-homem, tornando-o um ser realmente superior se assim a soubesse utilizar.
Que ironia. O antidoto para o mal do Super-homem acabara de se tornar o seu veneno.

No inicio era tudo perfeito. Ele sabia aonde ia, ele sabia o que fazia. Ele sabia o que era melhor para ele e para os seus, mas se esqueceu que o Tempo passava e as coisas mudavam nesse mundo que ele agora vivia.
Já não existiam mais ternos e chapeus, e a musica já não era mais executada por orquestras.
O homem começava a agir de maneira estranha e se adaptava aos novos tempos, mas isso para o Super-homem não existia...isso era um subterfugio da vida para derrota-lo.
Seguiu andando sem olhar para tras. Seguiu para aquela que seria a sua mais longa e dura batalha.

Descobriu que a vida (traidora mordaz) tinha inoculado em seus filhos, a cada um uma dose maior, o veneno da verdade.
Não podia ser real. Isso não podia estar acontecendo!
Ele, que tudo sabia, não podia acreditar que sua prole, a perfeição entre a perfeição não era mais igual a ele!
Aonde ele havia errado? Aonde os planos dele tinham falhado?
Já estava tudo decidido: Cada um dos tres seria igual a ele. Seriam todos iguais ainda que nas suas diferenças e o contrario disso não seria aceito.

Lutou com garras e dentes. Foi contra tudo e contra todos que assim o Super-homem conseguiu moldar o primeiro.
A obra estava acabada, e a vida não poderia mais tirar o gesso que prendia os braços e as pernas do primogenito.
O feitiço do Super-homem que refreava a vida do primogenito estava pronto.
O que o Super-homem não sabia, é que o primogenito tinha desistido de lutar para se libertar e acabou caindo em sua armadilha pela simples desilusão de não conseguir perseguir seu sonho.

Faltavam agora só mais dois:
O segundo em muito lembrava o temperamento do Super-homem. Era duro e intransigente. Resistente para com os seus, mas maleavel para com os outros.
Tinha em seu interior um medo morbido dos pensamentos do Super-homem.
Gardava para o peso de querer para si aquilo que o Super-homem mais abominava: Ele queria ser livre.
Os duelos foram intensos. Muitos ao redos sofreram pois nada poderia abalar o mundo utopico do Super-homem.
Todos viam que o segundo filho era terreno e que o Super-homem nada poderia fazer para mudar isso.
O Tempo passou e a Vida, escondida dele, ensinou ao segundo filho como se portar perante aquele ser de "sabedoria suprema" que sem perceber ia perdendo os seus poderes, e esse teve entao certeza de que havia dominado mais um.
Quem a vida pensa que é para mexer com os brios do Super-homem?

Sobrava agora o terceiro; mas esse não será dificil...
Assistindo a tudo o que se passou com os outros irmãos, o terceiro filho sabia de cor as reações.
Sim, o terceiro filho tinha certeza de que era a imagem e semelhança do Super-homem.
Ele tudo sabia. Ele tudo podia.
A vida do Super-homem era a vida que o terceiro queria para si.
Chamou para ele a responsabilidade de conduzir o mundo com mãos de ferro, seguindo a sua sabedoria que era herdada de seu pai.
Se sua sabedoria tinha a origem no Super-Homem, quem poderia ir contra?
Mas a vida é ardilosa e não estava satisfeita com isso. O mundo do Super-homem já não era mais como na sua cabeça. Muito tinha mudado, mas as regras do ser supremo continuavam imutaveis.

Como num golpe arrasador, a vida derrubou os muros que o Super-homem construira ao redor de seu terceiro filho. A luz que vinha de fora cegou-lhe os olhos, mas assim que recobrou a visão, o terceiro filho se levantou e se arriscou no mundo exterior.
Aquela não seria uma batalha facil para o Super-homem.
Como a Vida, essa que o Super-homem desprezava por tudo saber ao seu respeito, poderia interessar a seu filho?
Não tinha ele dado ao seu filho um mundo perfeito, cercado por muros altos pintados com simulacros da realidade?
Não, nao...o Super-homem não desistiria assim tão fácil de seu sonho idealizado:
O terceiro filho teria que aceitar a sua vontade. O terceiro filho tem que ser engessado e doutrinado!
"Não cruze esse portão"- disse o Super-Homem - Do lado de fora as coisas não são como aqui dentro. Aqui eu posso dar-lhe uma direção. Posso abrir-lhe as portas. Posso fazer com que o tempo pare e que você detenha a verdade absoluta de todos os tempos!".
Mas a Vida chamava o terceiro para si, afinal, o terceiro filho não era dela também?
Como um ato de desespero, o Super-homem correu até o portão no qual o terceiro filho se postava com os outros dois observando a cena a distancia.
"Eu sou o detentor da verdade!" disse ele. "Minha maneira de portar é a correta. Veja, dominei até a vida! "
"Tenho ela sob meus pés e subjulgo-a com meu olhar"
Ao olhar para aquela que se encontrava sustentando o seu pai, o terceiro filho visualizou o ser mais belo em qual já havia pousado os olhos, e sorrindo seguiu em frente.
O filho sabia que o Tempo havia agido, mas seu pai se surpreendeu quando percebeu que não olhava mais um filho, mas sim uma mancha que seguia rumo à tudo aquilo que ele temia.
Indignado, o Super-homem pensou: "Maldito Tempo! Como foi que deixei ele escapar?"

Wednesday, November 08, 2006

A necessidade de ficar sozinho

To de saco na lua ultimamente.
Ando tão de saco cheio que nem xingar as pessoas, um dos meus passatempos preferidos, já não está mais resolvendo.
Como diz uma amiga minha, acho que estou com a sindrome do doberman...meu cerebro cresceu de tanto pensar, mas a minha caixa craniana continua do mesmo tamanho.
To precisando ficar sozinho. Ficar sem ninguem pra pegar no meu pé. Ninguem pra perguntar o que eu estou fazendo, me cobrar se eu ja fiz isso, ja fiz aquilo, BLA BLA BLA BLA BLA...
Depois vem me encher o saco falar que eu sou mau humorado.
Pessoas que são pouco convencionais (para não dizer estranhas mesmo) tendem a passar por isso.
Não sei se os outros tem inveja por fazermos o que queremos sem nos preocupar e por isso cobram de nós uma postura que não temos.
Será que existem cavernas no pico do jaraguá? (montanha ou afim mais perto que eu me lembrei agora)
Acho que vou virar um eremita...deixar a barba e o cabelo grande, andar vestido com um lençol branco, cagar no mato, limpar com folha de bananeira e comer inseto...
Grande vida sera essa.
Well...enquanto nao consigo atingir a combustão espontânea, vou continuar tendo que aguentar o mundo.

Sunday, November 05, 2006

Domingo...Óh, doce domingo

Acordo pela manhã com os já citados problemas com a porra do parque aqui perto.
Acordo normal, já que de bom humor é impossível de eu acordar, com o telefone tocando. Meus pais estão para voltar de viagem.
Beleza, maravilha...até ai, nada demais.
Almoço bem, como pra caralho e volto pra casa com dor de cabeça e de estomago...acho que estou ficando podre!
Tomo o meu sonrisal para melhorar e começo a assistir ao jogo do meu querido tricolor...1x0, hj vai ser de lavada.
Já tinha me esquecido ate da dor de cabeça e da dor de estomago, me perguntando o porque, em alguns momentos, minha barriga insistia em me lembrar que existia...
E o jogo segue...segue uma merda!
Segundo tempo quase apanhamos, mas como Deus é sãopaulino (ao contrario do que os outros dizem), essa nós ganhamos.
Chego a conclusao que realmente não esta mais dando a minha barriga...seria uma operação para a extirpação desse orgao de merda chamado estomago uma alternativa viavel?
Se for, será que da pra fazer o mesmo com a cabeça?
O negócio é distrair...acho que vou assistir tv.
Tem uma musica do bruce springsteen que chama-se 57 chanel and nothing on.
Me identifico profundamente com isso...TV a cabo de cu é rola!
Não tem nada passando naquelas porras de canais. A coisa mais interessante é o E! entretainement television, ou seja, PORRA NENHUMA!
Realmente a televisão deveria ganhar o premio de alquimia: Transformaram o domingo numa merda.
Tendo tudo isso em vista, tenho que concordar com Groucho Marx:
"A TV é muito cultural. Toda vez que a ligo me da vontade de ler um livro."

Vão pra puta que os pariu, diretores de programação de merda.